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O facilitador sistêmico na arte de reparar rupturas e interrupções

Para  se recompor e reintegrar o sentido de vida depois de uma situação de ruptura, é preciso se criar uma nova versão de si mesmo. Mas o que isto quer dizer, sistemicamente?

A visão sistêmica mostra que há dois tipos de conflitos que podem interromper o fluxo da plenitude do sentido de vida. Um, o emaranhamento o outro a interrupção. Emaranhamentos são causados por processos internos que comprometem o fluxo do sentido da vida, já a interrupção decorre de uma ação externa que recai sobre as nossas  relações, como no caso de uma ação impensada ou  não prevista e que quebra o nosso vínculo.

Minha experiência como facilitador sistêmico mostra que muitas vezes após uma ruptura, não se consegue restabelecer uma conexão com o fluxo da abundância ou com o vínculo com a outra pessoa tão facilmente, mesmo que se queira fazê-lo. Coloca-se dois representantes no lugar de um relacionamento que se partiu e não se consegue restabelecer uma atração mútua. Isto decorre no sistema por que para um relacionamento dar certo depois de uma situação de ruptura é preciso se criar uma nova versão de si mesmo. Isto é mais do que uma questão de tempo. É uma questão de auto trabalho para se internalizar as mudanças decorrentes do novo aprendizado e só então se elaborar uma nova perspectiva da recomposição das partes que se romperam, muitas vezes isto acontece na vida à dois. Não adianta apenas se sentir muito, ou se pedir desculpas. Dar uma nova chance, é preciso  começar no interno e não no externo. As forças da reconstrução estão no propósito. Podemos até estar numa missão de paz em aceitar que o outro se aproxime novamente. Mas toda missão precisa estar à serviço de um propósito, por que se não for assim, tão logo a mágoa esteja superada a missão da relação de paz se conclui e também se conclui o sentido do estar juntos.

Há uma filosofia japonesa chamada Kintsugi que representa a arte de reparar rupturas. É uma filosofia que une a ética á estética, e ela  destaca as fissuras com ouro puro ao invés de tentar escondê-las. Esta concepção estética é muitas vezes descrita como a do belo que é “imperfeito, impermanente e incompleto”. Uma visão das três condições da existência humana: a impermanência, o erro e o sofrimento inesperado. Trata-se da arte de se conectar com a força da imperfeição, que sobreviveu e tornar-se ainda melhor. Tratar daquilo que foi quebrado e assumir seu passado, tornando-se, paradoxalmente, mais resistente, mais belo e mais valioso do que antes. Só que numa nova versão! Este trabalho que é uma técnica de despojamento na Constelação sistêmica, na mentoria sistêmica se desenvolve uma versão com a  técnica chamada de reitoria. Nela se desenvolve  passos para se cuidar das feridas, transformar suas linhas de fissura em marcas em força e virtudes pessoais. É o trabalho que une com o fino fio de ouro do sentido da vida, as partes separadas em lembranças edificantes. Isto na quietude daquilo que precisa ser encontrado internamente como uma nova versão de si, depois de uma crise de ruptura.

Quer saber mais sobre isto acesse agora: https://www.youtube.com/watch?v=7AZ1EbLMzAQ

E veja também: https://www.youtube.com/watch?v=XlXjGAfPaAc

 

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